" Se calhar sou doida, sofro da mais antiga enfermidade do ser humano e que ainda nenhum cientista se lembrou de diagnosticar, estudar e classificar como uma patologia: não sei viver sem amor. Preciso de amar e de ser amada para viver sem me deixar engolir pela realidade, sem sentir que estou a lutar para me manter à tona. Porque antes de tudo e depois de tudo, está o amor. E tudo acaba, tudo passa, tudo se desfaz, se desfigura, se enterra ou se transforma, mas o amor nunca acaba, porque é impossível viver sem amor. A pior coisa é não amar, penso que isso não existe.
O amor cega-nos com toda a sua luz e força. Sabemos que estamos cegos, só nunca sabemos o quanto essa cegueira nos pode afastar da realidade.
O amor enquanto paixão é um sentimento muito traiçoeiro. Podemos sentir durante semanas ou meses ou anos que nada é mais certo e verdadeiro, e um dia, por uma qualquer razão pouco relevante, ou mesmo sem motivo, ele desfaz-se, dissipa-se escapa-se da nossa vida, escorregando como água por entre os dedos, fugindo para sempre.
Às vezes, o amor mata o amor e é horrível. É das piores sensações que um ser humano pode viver. "
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